História

A história das ostras em Setúbal remonta a tempos muito recuados, havendo já registos de concheiros na região por volta de 5000 A.C.. Os estuários do Sado, em Setúbal, e o do Tejo, em Lisboa, era onde se encontravam os maiores bancos naturais de ostras da Europa.

A exportação era prática corrente para o norte da Europa, sobretudo para França e Inglaterra. Um curioso episódio marcou significativamente esta actividade: em 1868, um barco carregado de ostras com destino a Inglaterra, refugiou-se duma tempestade na Baía de Arcachon, no estuá- rio de La Gironde, permanecendo aí vários dias. Com a demora, as ostras começaram a morrer, e o cheiro produzido levou o capitão a largar a carga nessa baía, dando origem a uma colo- nia de ostras selvagens, as afamadas ostras portuguesas ainda hoje designadas "les portugaises."

Em 1968, assiste-se a uma doença que dizimo as ostras a nível mundial, incluindo as ostras portuguesas do Estuário do Sado. Por todo o mundo circulam ostras no sentido de se recuperar a actividade.

Por cá, com a industrialização crescente abandona-se a actividade ostreícola, devido a novos e mais atractivos postos de trabalho. Também se observa uma crescente polui- ção das águas, impedindo a recuperação dos bancos naturais até à decada de 90, quando começa a haver o tratamento de efluentes

Hoje desenvolvem-se estratégias de protecção dos bancos naturais e da qualidade das águas, visando a sua máxima recu- peração. Idealmente, pretende-se controlar todo o ciclo de produção sem se recorrer à extracção da natureza.